domingo, 24 de fevereiro de 2008

Novos Residentes

Tenho-me esquecido de mostrar os novos residentes da casa dos meus sogros. Fui lá aqui atrasado, e sabem como é, leve mais umas batatas, umas cebolas e alhos. Já agora umas laranjas e os espinafres que estão tão bons. Leve também uns alhos franceses e umas couves tão boas para caldo-verde. Não se esqueça dos ovos... Enfim, após toda uma panóplia de legumes e derivados (não foi preciso ir ao supermercado), olhei ao longe e até me assustei! Parecia um cão a correr a toda a velocidade na minha direcção!!! Mas não! O meu marido fartou-se de rir às minhas custas, e depois pude observar melhor estas coisitas:

Não resisti a tirar umas fotos como podem ver. São tão giros, não são? E foi divertido vê-los em correrias uns com os outros e aos saltos e pinotes. Também foi engraçado de vê-los a brincar com o gato, mas disso já não tenho fotos!

sexta-feira, 22 de fevereiro de 2008

Ovas Fritas

A meio desta semana apeteceu-me comer algo diferente, e assim, como não tinha muito tempo para compras, fui dar uma espreitadela mais atenta à arca congeladora a ver o que se poderia arranjar. Lá fui tirando as sacas, uma após a outra (descobri que tenho muito polvo), e descobri umas ovas e duas alheiras de Miranda, meio 'perdidas', meio escondidas. Estar de dieta e fazer descobertas destas, não é bom, não é nada bom. Desconfio que se avizinham tempos difíceis!!! Mas com um pouco de esforço, lá fui resistindo às alheiras (ainda lá estão), mas resistir também às ovas, sinceramente, pareceu-me demais...! Então tirei-as e pu-las a descongelar.
Honestamente, de verdade que adoro ovas, mas apenas as consigo comer de uma única forma: fritas! A maioria das pessoas costuma cozê-las e servi-las assim cozidas com algum tempero. Mas pessoalmente acho que ficam sem nenhum sabor e não me agradam por aí além. Eu costumo fritá-las. Não sei de onde veio a ideia, mas já a minha avó as fritava...! Claro que se devem evitar os fritos, mas o segredo está em evitá-los, não excomungá-los!!!
A receita é bem simples. Quando as ovas estiverem descongeladas, temperam-se com um pouco, mas mesmo pouco sal, e passam-se assim inteiras por farinha. Põem-se a fritar em óleo quente, em lume médio, e deixam-se estar sem mexer, pois podem arrebentar o saco, durante um certo tempo suficiente para ganharem uma crosta. Ora vejamos:
-antes de virar:
-depois de virar:

Depois de viradas, deixa-se ganhar crosta do outro lado e podemos então separar os dois lóbulos:

Após fritarem um pouco mais, podemos ainda cortar cada lóbulo ao meio:

Vão mais uma vez a fritar de forma a ficarem bem douradinhas. Depois de fritas, deixam-se escorrer em papel absorvente e regam-se com sumo de limão. Ei-las já prontinhas a serem devoradas:

Desta vez fi-las acompanhar com um arroz de espigos e cenoura. Ei-lo aqui ainda a fumegar:

É verdadeiramente uma das minhas receitas favoritas! Agora só tenho uma pergunta: para quando as alheiras?

segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Chuva!

Hoje o dia está de chuva. Não me estou a queixar, pois aqui pelo Alentejo a chuva é bastante necessária, principalmente este ano que pouco ou quase nada choveu. Se não chover agora, o Verão será mais quente, não haverá pastos e forragens suficientes para o gado, as barragens não atingirão as suas quotas, e inclusivé algumas populações do Alentejo ficaram sem água e terão de ser abastecidas com carros cisterna dos bombeiros, algo que já aconteceu e começa-se agora a temer que se repita novamente este ano. Por tudo isto e muito mais, a chuva é até benvinda por estas bandas. Mas foi também devido à chuva que hoje me aconteceu algo, no mínimo, irritante.
Estava de chuva, mas precisava de ir às compras. Lá vesti o impermeável, liguei as luzes do carro em pleno dia pois realmente o dia estava terrível, e a meio do caminho, em vez de a chuva abrandar, como eu esperava, não, não abrandou e começou a chover torrencialmente. Mas estava quase a chegar ao supermercado, logo, decidi continuar. Cheguei, estacionei, consegui arranjar um carrinho de compras enxuto (ficam todos cá fora), e lá vou eu, rapidamente para me despachar. Faço as compras, pago na caixa e lá vou eu, sempre em passo de corrida, abro a mala do carro, pouso as chaves, compras lá para dentro (ups, que me esqueci de deitar fora o lixo para reciclar), vamos lá a despachar, fecha a mala, arruma carrinho, e procura chave para entrar no carro. Chave!? Eu disse chave? Pois!!! A chave!!! Aquela que eu pousei enquanto carregava o carro com as compras...!!!
Na realidade não era a chave, mas as chaves, pois as de casa também lá ficaram. E se quiser ir buscar as suplentes, preciso das chaves de casa. Bem, não há outra solução: tenho de telefonar ao meu marido que está no trabalho. Mas..., eu disse telefonar? Mas..., o telemóvel ficou em casa a carregar!!! Cada vez chove mais! Telefones públicos aqui perto nem vê-los! Lá tive de voltar a entrar no supermercado, pedir a uma funcionária que simpaticamente me emprestou o seu próprio telemóvel para fazer uma chamada (quis lha pagar, mas ela não aceitou), telefonei para o telemóvel do meu marido, que graças a Deus sei de cor (o do trabalho está na agenda do telemóvel que ficou em casa!), e fiquei rezando para que ele, pelo menos desta vez ouvisse o telemóvel tocar, apesar do barulho das máquinas, e que atendesse mesmo não conhecendo o número. A partir daqui tudo bem! Lá ele veio ter comigo, fomos a casa buscar as chaves suplentes do meu carro e tudo se resolveu (inclusivé o lixo foi para o devido contentor).
Moral da história, não devemos gozar com as nossas mães quando elas se esquecem das chaves dentro do carro trancado!!! Na semana seguinte, pode-nos acontecer exactamente o mesmo!!!
Já agora, muito obrigada à dita funcionária que muito me ajudou!

sábado, 16 de fevereiro de 2008

'Pequenas' alterações

Tenho andado um pouco a modos que desaparecida, é certo. Mas ainda ando por cá!!!! Apenas que a parede de molduras que ando a fazer ainda não está pronta (mas quase), e entre escolher fotos, imprimir no formato desejado, tratar das molduras, cortar os vidros, etc, vai-se todo o tempo. Para além disso estou a fazer mais umas almofadas de Arraiolos e andei vendo revistas de forma a escolher um desenho para o tapete que penso fazer para a sala. O tapete terá de ter pelo menos 4,5 metros por 3. Ainda vou pensar melhor se o faço ou não, pois trata-se de um trabalho para demorar anos!!! Mas já escolhi o desenho, logo é bem provável que o faça...! Mas antes disso preciso convencer o meu marido a mudar a disposição dos móveis da sala, não sem antes fazermos um móvel para o fundo do corredor que é um espaço 'morto', pois simplesmente acaba e a última porta está a pelo menos dois metros da parede do fundo. Ou seja, um óptimo espaço para se fazer uns arrumos! Além do mais, agora também tenho ideias de mudar a disposição dos móveis do quarto e de fazer um móvel para a TV de forma a optimizar o espaço.
Moral da história, não tenho tido mãos a medir e tenho posto o meu homem a dar em maluco. Mas umas ideias puxam outras e depois torna-se difícil é parar. Se não acreditam, experimentem...!

terça-feira, 5 de fevereiro de 2008

Arroz de Pato Fingido

Por cá, os dias têm andado mais cinzentos. E eu assim um pouco também. Tudo bem, a chuva faz falta, muita falta cá pelo Alentejo, mas continuo a preferir os dias de sol. Nada se compara com o acordar com um raio de sol a iluminar-nos o quarto e a desejar-nos um bom dia! Quando os dias estão assim cinzentos, o começo do dia mais parece o meio da noite e só dá vontade de nos taparmos ainda mais debaixo dos cobertores pelo menos por mais 5 minutinhos. Mas o dia não espera e há que levantar, lavar a cara com água gelada (excelente despertador) e começar a correr, pois os 5 minutinhos, afinal transformaram-se em 20 e já estou outra vez atrasada, e não vou conseguir fazer tudo aquilo que queria. Enfim...!
Hoje é dia de Entrudo, ou de Carnaval, como preferirem. Por estas bandas, pelo menos cá em casa, não é muito comemorado. Sempre se fazem umas filhoses, que a minha sogra sempre me as oferece, logo, não tenho de as fazer nem sei a receita, mas terei de lha pedir um dia. E a dos 'borrachos' e pastéis de grão também. Mas isso fica para outro dia.
Hoje recomendo arroz de pato fingido. Já não sei quem na família o apelidou assim, mas a moda pegou pois trata-se mesmo disso: a receita é de um arroz de pato, só que se faz com frango! Porque os patos não abundam por estes lados, mas sempre me vão oferecendo alguns frangos e galos caseiros de tempos a tempos. Decidi experimentar um dia trocar o pato por frango, gostei, e tenho repetido várias vezes. Ora vejam o resultado final!

-Ingredientes:
  • 1 frango caseiro (ou meio se for grande)
  • arroz
  • chouriço (apenas suficiente para depois compôr)
  • louro
  • cebola
  • sal
  • azeite

Simplifiquei bastante a receita, uma vez que não adianta complicar o que já de si é bom! Começa-se por cozer o frango com o chouriço, duas ou três folhas de louro, uma cebola das grandes e um pouco de sal. Normalmente cozo na panela de pressão para ser mais rápido. Depois de cozido, esfia-se o frango, limpando-o de peles e ossos, corta-se o chouriço às rodelas e reserva-se a água da cozedura depois de coada. Faz-se um refogado com cebola picada e um fio de azeite, com o cuidado de não deitar sal, uma vez que a água da cozedura já tem sal. Depois de aloirar a cebola, acrescenta-se logo o frango e o arroz que se quiser para estalar um pouco. Acrescenta-se aos poucos a água da cozedura, apenas a suficiente para cozer o arroz e este ficar com um pouco de calda (mais ou menos o dobro da quantidade de arroz). Depois de cozido, e não é necessário cozer muito, espalha-se tudo numa travessa de ir ao forno, compõe-se com as rodelas de chouriço, e vai ao forno para secar durante uns minutos.

Vai um pratinho?

Normalmente nesta receita (na de pato), as pessoas têm a tendência de pôr o pato e o arroz às camadas. Pois na minha zona, lá para o Alto Minho, sempre se fez assim, misturando tudo. Gostos não se discutem, mas devo de confessar que gosto mais assim. De qualquer das formas, fica sempre bem, quase toda a gente que eu conheço gosta desta receita, e dá para fazer com uma certa antecedência e depois apenas aquecer um pouco no forno. Acompanho normalmente com salada de alface e cenoura ralada.