segunda-feira, 18 de fevereiro de 2008

Chuva!

Hoje o dia está de chuva. Não me estou a queixar, pois aqui pelo Alentejo a chuva é bastante necessária, principalmente este ano que pouco ou quase nada choveu. Se não chover agora, o Verão será mais quente, não haverá pastos e forragens suficientes para o gado, as barragens não atingirão as suas quotas, e inclusivé algumas populações do Alentejo ficaram sem água e terão de ser abastecidas com carros cisterna dos bombeiros, algo que já aconteceu e começa-se agora a temer que se repita novamente este ano. Por tudo isto e muito mais, a chuva é até benvinda por estas bandas. Mas foi também devido à chuva que hoje me aconteceu algo, no mínimo, irritante.
Estava de chuva, mas precisava de ir às compras. Lá vesti o impermeável, liguei as luzes do carro em pleno dia pois realmente o dia estava terrível, e a meio do caminho, em vez de a chuva abrandar, como eu esperava, não, não abrandou e começou a chover torrencialmente. Mas estava quase a chegar ao supermercado, logo, decidi continuar. Cheguei, estacionei, consegui arranjar um carrinho de compras enxuto (ficam todos cá fora), e lá vou eu, rapidamente para me despachar. Faço as compras, pago na caixa e lá vou eu, sempre em passo de corrida, abro a mala do carro, pouso as chaves, compras lá para dentro (ups, que me esqueci de deitar fora o lixo para reciclar), vamos lá a despachar, fecha a mala, arruma carrinho, e procura chave para entrar no carro. Chave!? Eu disse chave? Pois!!! A chave!!! Aquela que eu pousei enquanto carregava o carro com as compras...!!!
Na realidade não era a chave, mas as chaves, pois as de casa também lá ficaram. E se quiser ir buscar as suplentes, preciso das chaves de casa. Bem, não há outra solução: tenho de telefonar ao meu marido que está no trabalho. Mas..., eu disse telefonar? Mas..., o telemóvel ficou em casa a carregar!!! Cada vez chove mais! Telefones públicos aqui perto nem vê-los! Lá tive de voltar a entrar no supermercado, pedir a uma funcionária que simpaticamente me emprestou o seu próprio telemóvel para fazer uma chamada (quis lha pagar, mas ela não aceitou), telefonei para o telemóvel do meu marido, que graças a Deus sei de cor (o do trabalho está na agenda do telemóvel que ficou em casa!), e fiquei rezando para que ele, pelo menos desta vez ouvisse o telemóvel tocar, apesar do barulho das máquinas, e que atendesse mesmo não conhecendo o número. A partir daqui tudo bem! Lá ele veio ter comigo, fomos a casa buscar as chaves suplentes do meu carro e tudo se resolveu (inclusivé o lixo foi para o devido contentor).
Moral da história, não devemos gozar com as nossas mães quando elas se esquecem das chaves dentro do carro trancado!!! Na semana seguinte, pode-nos acontecer exactamente o mesmo!!!
Já agora, muito obrigada à dita funcionária que muito me ajudou!

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