domingo, 29 de junho de 2008

Feira de S.João - II

Chegámos à Feira, 16 horas, muito calor, quase tudo fechado. Não se via praticamente ninguém, apenas meia dúzia de malucos iguais a nós...Só apetecia mesmo beber algo fresco e dirigimo-nos rapidamente para a zona das 'tasquinhas', que apesar de algumas ainda estarem a montar as mesas, conseguimos encontrar uma já aberta. Eis a única foto que resta desse momento, pois depois das bebidas e dos petiscos, havia lá quem se lembrasse de tirar fotos...A noite chegou entre mais um copo de sangria, um chouriço assado na brasa, um prato de caracóis... As esplanadas foram enchendo, as ruas também. Ligaram-se as luzes: E depois de uma volta a pé, de visitar os pavilhões, de comer umas farturas e uns churros (ai a minha dieta...!), encontra-se meio mundo, mais dois dedos de conversa, e as horas vão passando.
Chegámos a casa inteiros, mas cansados. Dormimos que nem anjos, certos de que no próximo dia estaremos lá novamente...!

sábado, 28 de junho de 2008

Feira de São João

Para quem é de Évora, já nem acha estranho. Se se perguntar a alguém quem é o santo padroeiro da cidade, muitos responderão que é S. João, uma vez que as festas cá da terra, se chamam de Feira de S. João. Há no entanto também umas pequenas festas ao fundo da Rua de Aviz, cujos moradores continuam a festejar o Santo António (sardinha assada, manjericos...). Mas na realidade, o santo padroeiro da cidade de Évora é, sempre foi e continua a ser o São Pedro. A cidade é não comemora o santo da terra, mas os santos alheios...
Reza a história (pelo menos foi uma pessoa da cidade já avançada de idade que me contou), que as gentes da cidade não eram, na sua maioria, muito ricas, e para poderem comemorar e fazer uma festa ao santo da cidade, tinham primeiro que arranjar dinheiro. Parece um bom plano, mesmo nos dias de hoje...! Se o pensaram, melhor o fizeram. Passaram a comemorar o S. João para as gentes de fora, que acorriam assim à cidade, divertiam-se e..., deixavam o dinheiro. Sendo S. Pedro mais tarde do que o S. João e do que o S. António, e havendo finalmente dinheiro suficiente na cidade, então, apenas para a população local, comemorava-se o S. Pedro. Com o tempo, as festas de comemoração de S. João foram crescendo, mas as de S. Pedro foram desaparecendo.
Não conheço nenhuma outra cidade que comemore os Santos alheios desta forma e se esqueça do seu padroeiro...
Mas adiante...! A Feira de S. João está neste momento ainda a decorrer sendo o seu encerramento amanhã. Como não poderia deixar de ser, fui lá algumas e várias vezes, comprei umas coisitas giras, mas isso fica para outro dia...

quinta-feira, 26 de junho de 2008

Biscoitos de...

Esta receita é bem simples e costuma fazê-la de tempos a tempos. São uns biscoitos, ou torcidinhos, muito fáceis de fazer, saem sempre bem, e o melhor, dentro de um recipiente hermético, duram semanas..., ou durariam, se entretanto não desaparecessem...! A receita base é apenas uma, mas pode-se adicionar o sabor que se queira: côco, canela, pepitas de chocolate, laranja, limão..., ou apenas simples mesmo. Costumo fazê-los quase sempre de limão, pois são excelentes para acompanhar um café a meio da manhã, ou mesmo um chá à tarde. A receita sempre a conheci. A minha mãe sempre fez estes biscoitos e lembro-me de a minha avó também os fazer e de guardá-los numa lata, invariavelmente assaltada pelos netos, mas também pelas filhas que depois punham as culpas nas pobres das criancinhas... Vejam lá se não ficam com um excelente aspecto! Até apetece logo mordiscar um agora mesmo! Ficam bem crocantes, como eu gosto.
Aqui fica a receita base, neste caso com limão:
  • 150 gr açúcar
  • 150 gr manteiga de culinária
  • 500 gr farinha com fermento
  • 3 gemas
  • 2 claras
  • raspa de limão

À mão juntam-se todos ingredientes para fazer a massa, deixando a farinha para último. Esta adiciona-se aos poucos e vai-se verificando assim a dureza da massa. Esta estará pronta quando não se agarrar às mãos e se conseguir moldar. Fazem-se uns rolinhos compridos com as mãos, dobram-se ao meio e depois enrolam-se nas pontas até obter a forma pretendida. Põem-se num tabuleiro de ir ao forno com o cuidado de não os juntar muito pois vão duplicar de tamanho! Deixar cozer e quando os primeiros começarem a ganhar uma côr mais dourada nas pontas, estão prontos. Após arrefecerem endurecem e podem ser guardados.

Já agora, o paninho foi a minha mãe que o fez! Bainhas abertas e bordado inclusivé. Bem bonito não acham?

terça-feira, 24 de junho de 2008

Tapetes de Quarto

Hoje tenho bastante trabalho e sem paciência para cozinhar. O jantar será provavelmente o resto do caldo verde e fruta. Com este calor não apetece comer, quanto mais cozinhar. Por isso e por falta de fotos de receitas, deixo-vos com uma amostra de uns tapetes que eu fiz aqui passado. Fi-los de oferta para o quarto dos meus pais cuja colcha de cama é sobre o verde escuro com apontamentos amarelos/dourados. Aqui na foto apresento um do conjunto dos dois (um para cada lado da cama), mas ainda sem a franja branca cozida à volta. Na verdade, acabei por cozer a franja já mesmo na casa dos meus pais e depois esqueci-me de tirar novas fotos. De qualquer das formas deixo-vos ainda mais duas de pormenores.

Quanto a vocês não sei, mas os meus pais adoraram. Ouvi dizer que o meu pai até tem pena de os pisar...!

domingo, 22 de junho de 2008

Caldo Verde

Acho que esta receita toda a gente a conhece. Com este ou aquele pequeno pormenor, o toque que faz com que todas as receitas sejam especiais, 'à nossa moda', a verdade é que num caldo verde não há muito para alterar. De qualquer das formas, fica aqui a receita.A uma panela com água fervente e um pouco de sal grosso, acrescentamos batatas partidas aos bocados, uma cenoura, duas cebolas, uns 6 ou sete dentes de alho, duas folhas de louro e claro, um pouco de chouriço de carne, do vermelho, caseiro de preferência. Depois de tudo bem cozido, retiramos as folhas de louro e o chouriço para podermos passar o restante muito bem com a varinha mágica. Voltámos a adicionar o chouriço, acrescentamos um fio de azeite e as couves cortadas muito finamente, talos e tudo. Deixar cozer as couves (de preferência 'galegas') e está pronto!

Nada de mais simples, aliás como com quase todas as sopas. Esta é muito nutritiva, por sinal, com bastante cálcio. O que não se comer nesse dia guarda-se no frigorífico por um ou dois dias, sendo depois só aquecer e está pronta!Acompanhado com broa é uma delícia! Mas também, quem é que não gosta de caldo verde?

sábado, 21 de junho de 2008

Semi-Frio de Morango

Agora que chegou o Verão, apesar de pelas temperaturas já ter chegado há uns bons tempos atrás, deixo-vos um bolo ou sobremesa deliciosa. Quando o faço, ninguém descansa enquanto não se acaba. É um instante. E o prato regressa rapidamente vazio à cozinha... E nem uma migalhinha sobra para contar a história! É por isso que nunca consigo fotografar uma fatia.
Ei-lo aqui antes de ser servido: Iremos precisar de:
  • 200 gr bolacha Maria
  • 150 gr de manteiga tipo vaqueiro
  • 6 folhas de gelatina incolor
  • 400 ml de natas
  • 1 lata de leite condensado
  • 1 pacote de gelatina de morango

Derrete-se a manteiga e adiciona-se às bolachas trituradas. Mistura-se até formar uma massa homogénea e forra-se uma forma de fundo móvel com esta massa. Leva-se ao congelador. Entretanto demolham-se as folhas de gelatina em água fria, escorre-se depois o excesso de água e levam-se a lume brando com 0,5 de água mexendo sem parar até dissolver. Deixa-se arrefecer um pouco. Batem-se as natas até ficarem firmes e adiciona-se o leite condensado continuando a bater. Incorpora-se a gelatina. Retira-se a base do congelador e verte-se a mistura lá para dentro. Alisa-se um pouco a superfície e vai ao frigorífico para solidificar.

Prepara-se ainda a gelatina de morango segundo as instruções do próprio pacote e deixa-se arrefecer quase até solidificar. Quando esta estiver bem fria e a base bem solidificada, com bastante cuidado, com uma colher, vai-se deitando a gelatina por cima da base. Normalmente não é necessário deitar toda a gelatina. Pretende-se uma camada fina como a da figura. Vai ao frigorífico para solidificar.

E está pronto!!! Pode-se substituir a gelatina de morango pelo sabor que mais se preferir. Pode-se ainda, aproveitar e pôr umas quantas metades de morangos para compor antes de adicionar a gelatina. Fica bastante bem.

Finalmente é só comer, lamber os dedos e chorar por mais!!!!

quinta-feira, 19 de junho de 2008

domingo, 15 de junho de 2008

Tarte de Kéfir

Este fim-de-semana apresento-vos uma proposta que considero interessante. É uma simples tarte de kéfir de leite, mas para quem não conhece o kéfir não se deixe esmorecer, pois basta substituir por leite simples. Costumo fazer estas tartes praticamente todas as semanas, principalmente agora pelo Verão. Dão para ser feitas com antecedência e com praticamente tudo, principalmente com imensos legumes, e mesmo quem não gosta deles costuma apreciar estas tartes. Ora vejam lá este aspecto!!!

Tarte de bacalhau, alho francês, cebola e courgete, com cobertura de queijo e oregãos:Tarte de frango, espinafres, beringela, cebola e alho, com cobertura simples da mesma massa polvilhada com oregãos:Tarte de atum, couve branca, cenoura e cebola, com cobertura simples da mesma massa:Quanto a medidas costumo fazer a 'olhómetro', mas é mais ou menos o seguinte:

-Para a massa:

  • 250 ml de kéfir de leite (ou leite simples)
  • 5 a 6 colheres de sopa de azeite (ou manteiga)
  • uma pitada de sal grosso
  • farinha q.b. (quanto baste)

Numa tigela misturam-se os três primeiros ingredientes e com a ajuda de um garfo começa-se a misturar farinha. Quando a massa começar a ficar já mais consistente trabalha-se com a mão e continua a adicionar-se farinha até obter uma massa que seja possível estender com um rolo. Forra-se o fundo de uma tarteira de preferência de fundo móvel com esta massa e reserva-se um pouco para fazer uma tampa. Não é necessário untar a forma nem nada pois esta massa não pega e inclusivé não costuma queimar (a não ser que a gente se esqueça que a tarte está no forno, claro!!!).

-Para o recheio:

Praticamente o que se tiver à mão. Pode ser feita apenas com legumes. Num tacho põe-se o que se quiser já cortado ou esfiado (convém cozer as carnes ou os peixes previamente), rega-se com um fio de azeite e tempera-se com sal. Vai a lume brando uns minutos apenas para amolecer um pouco os legumes (normalmente nem é necessário acrescentar água).

Depois 'monta-se' a tarte. Forra-se a forma com a massa, deita-se o recheio lá para dentro, cobre-se com a restante massa, pincela-se com ovo batido ou cobre-se com queijo ralado, e pode-se polvilhar ou não com oregãos. Vai a forno previamente aquecido até a massa estar cozida, ou seja, mais ou menos de 15 a 20 minutos.

Pode-se comer assim fresca, ou no dia seguinte aquecida no micro-ondas ou até fria do frigorífico para quem preferir. Come-se simples ou acompanhada de uma salada.

Espero que gostem!!!

terça-feira, 10 de junho de 2008

Espetadas de Lulas e Camarão

Finalmente, acho que o bom tempo veio para ficar. Por estas paragens alentejanas o calor começa já a 'apertar'. Infelizmente, creio que este ano será um dos mais quentes, para 'mal dos meus pecados'!!! Os quilitos a mais certamente não ajudarão! Logo tenho tido um pouco mais de cuidado na alimentação. Mas um dia não são dias, e normalmente tendo a ficar a meio compromisso: tentar evitar as gorduras e os açúcares (tarefa nem sempre conseguida, obviamente!), e ir aos poucos entrando no mundo dos grelhados.
Esta foi uma tentativa disso mesmo, embora o puré (somos muito batateiros cá por casa, não fossem as batatas serem caseiras) possa eventualmente ser substituído por uma salada a gosto. Prometo nos próximos tempos tentar dar mais ideias para saladas.
Eis a minha recomendação para hoje: espetadas de lulas acompanhadas de camarão grelhado e de puré de batata.
Na realidade é uma comida bem simples de se fazer. Prepara-se tudo de antemão e depois é só 'montar' as espetadas. Para duas pessoas precisamos de:
  • 350 gr. de lulas pequenas descongeladas e já limpas
  • 1 courgette cortada em fatias em todo o seu comprimento
  • 1 cebola grande cortada a meio e depois em quartos
  • 1 pimento (verde ou vermelho) já limpo e cortado em quadrados grandes
  • um pouco de presunto fatiado (opcional)
  • 8 ou 10 camarões de bom tamanho

Às lulas cortam-se os tentáculos e introduzem-se estes juntamente com uma pequena fatia de presunto dentro das bolsas das lulas. Montam-se as espetadas segunda a ordem que se quiser: lula recheada, pimento, courgette (enrola-se a fatia), cebola, e novamente lula recheada, etc. Temperam-se as espetadas com um pouco de sal grosso e vai a grelhar em grelha já quente.

Quanto aos camarões não costumo introduzi-los nas espetadas por o seu tempo de cozedura ser diferente do das lulas. Faço-os então separadamente pois grelham assim mais depressa do que se estivessem nas espetadas. Depois de lavados, temperam-se com um pouco de sal grosso e põem-se também a grelhar.

Viram-se as espetadas e os camarões de forma a grelharem bem em todos os lados e quando prontos regam-se com um pouco de sumo de limão. E está pronto! Acompanhei com um pouco de puré, embora se possa fazer simplesmente uma salada.

Recomendo vivamente esta receita. Pela simplicidade, mas principalmente pelo sabor. Passou definitivamente a ser uma das minhas favoritas. Mas para a próxima acompanho com uma salada!!!

domingo, 8 de junho de 2008

Fluviário de Mora

Este fim-de-semana fui de visita ao Fluviário de Mora. Apesar de viver no Alentejo e de Mora não ser assim tão longe, a verdade é que não me agradou ir de visita quando o fluviário ainda era novidade. Quando algo é novidade toda a gente vai de visita e acabámos por nem ver bem as exposições uma vez que passamos a vida a desviarmo-nos de alguém, ou a pedir 'com licença' e torna-se um pouco aborrecido. Sempre que possível, gosto de deixar passar a fase da novidade e de ir depois com toda a calma. E por vezes vale mesmo a pena esperar mais um pouco. Senão, vejam as fotos que se conseguem quando os corredores estão praticamente por nossa conta.
E gostei! Realmente acho que vale a pena visitar o fluviário. Achei calmante sentar-me num dos vários bancos dispostos em frente dos vários aquários e de ficar apenas ali a observar as diferentes espécies de peixes. Nem se dá pelo tempo a passar quando nos sentimos assim tão calmos e em paz. É deveras relaxante.Tão relaxante era o ambiente que até as lontras aproveitaram para tirar uma soneca. Só reparei nas horas quando o pessoal do fluviário começou a alimentar os peixes. Lembrei-me que eu também já era capaz de comer qualquer coisita...
No final da visita não resistimos a trazer pelo menos uma recordação: um separador para livros para o meu marido e um porta-chaves para mim. Digam lá que não são giros...Quanto ao almoço, como sabíamos que havia um parque de merendas mesmo ao lado, fomos preparados.Embora o fluviário tenha um restaurante, decidimo-nos antes pelo pique-nique. Além de ser mais barato, a paisagem é deveras agradável, existem muitas sombras e fica mesmo perto da água da barragem.
Levei, além de uns folhados mistos dos quais já dei a receita, uns panadinhos de perú, que se não me tivesse apressado em tirar uma foto, nem sobrava nenhum para recordação. Fi-los bastante pequenos pois dão mais jeito depois a comer. E viu-se o jeito que deram... Cortam-se uns quantos bifes de perú aos bocadinhos e temperam-se com um pouco de sal e de alho picado. Depois passam-se apenas por pão-ralado (não passo por ovo) e vão a fritar. Enquanto quentes espremo um pouco de limão para lhes dar mais paladar.

Quanto aos folhados mistos estavam como sempre: de chorar por mais. Mas como me sobrou um pouco de massa folhada, fiz uns coquinhos para sobremesa.Também desapareceram num instante! Basta forrar umas formas de queques com a massa folhada e quanto ao recheio é bem simples:

  • 3 gemas
  • 1 ovo inteiro
  • 100 gr. côco ralado
  • 150 gr. de açúcar

Juntam-se todos os ingredientes e amassa-se rapidamente à mão. Enchem-se as forminhas já forradas com a massa folhada e vão ao forno por mais ou menos 15 minutos. Vejam lá o aspecto deles por dentro, bem húmidos como eu gosto.

Foi um dia passado em grande. E recomendo realmente a visita ao fluviário de Mora para quem ainda lá não foi.

domingo, 1 de junho de 2008

Mais Arraiolos

Lembram-se desta foto?
Já lá vai algum tempo, mas tenho-me esquecido de apresentar o resultado final. Depois de fazer estas duas almofadas achei que elas eram pequenas demais e não faziam o efeito pretendido. Decidi por isso fazer outras duas maiores, tipo almofadões. No final acabei por gostar do conjunto! Ora vejam lá!
E agora vejam o efeito no seu conjunto, combinando com os tapetes que já tinha feito anteriormente.

Digam lá que o meu quarto das visitas não ficou todo catita, henm?! Entretanto já fiz outras coisas em Arraiolos, mas isso fica para uma próxima postagem.