domingo, 27 de janeiro de 2008

Molduras

Como já disse mais de uma vez, tenho andado ocupada. A ideia é a de 'fazer' uma parede com molduras de diferentes tamanhos, umas bem grandes com composições de fotografias, outras bem pequenas. A única simetria a respeitar é que a margem de todo o conjunto seja um rectângulo que ocupe mais ou menos toda a parede. Um amigo meu descreve como sendo uma parede à Harry Potter, porque lhe faz lembrar as paredes repletas de quadros das escadarias da escola, ou seja, Hogwarts. Achei piada à comparação, e realmente não é má pensada. Mas sinceramente, espero que cá por casa, os diferentes familiares das fotos não me andem a passear de moldura para moldura...! Ih! Ih! Ih!
Assim sempre aproveito o trabalho que tenho tido a passar as fotos no scanner, e que por sinal, ainda não acabei! Mas já faltou mais! Para o efeito, e como precisava para cima de 30 molduras e a vida anda cara, fui mesmo à loja dos chineses cá do sítio. E bem baratinhas que me saíram! Mas como não gostava muito da cor pois queria-as sobre o escuro de forma a combinar com os móveis da sala, tenho estado com este trabalho:

-Tal como a comprei, depois de ter retirado o vidro:

-Depois de devidamente lixada:

-Após tê-la escurecido:

E ainda me falta envernizar, mas ainda não comprei o verniz.

Agora, multipliquem por 30 o trabalhinho, tendo em conta que esta é uma das mais pequenas! Mas depois no fim, eu acho que ficará bastante engraçado. E como diz o meu amigo, sempre fico com a minha parede à Harry Potter.

sábado, 26 de janeiro de 2008

Tarte de requeijão

Esta receita é muito simples e sai sempre bem. Só houve uma ocasião em que me saiu mal, por descuido meu, pois esqueci-me dela no forno. Vai fazer esta Páscoa dois (ou será três?) anos. Mesmo assim, com o fundo queimado e meio escondida lá na cozinha, desapareceu num instante e ainda me pediram a receita. Foi engraçado, pois as pessoas até disfarçavam e arranjavam desculpas para irem à cozinha, e sempre que iam, lá ia mais uma fatia fininha de tarte. Depois a notícia foi-se espalhando e quando alguém me pediu para provar a dita tarte..., bem..., já não havia!!! Ainda hoje toda a gente se ri quando se fala em tarte de requeijão!
Mas vejam lá este aspecto!

Mas passemos à receita:

-Ingredientes:

  • 350 g açúcar (deito apenas 300)
  • 2 requeijões
  • 5 ovos
  • 100 g farinha (utilizo com fermento)
  • 50 g manteiga

Desfazer muito bem os requeijões misturando-os logo com o açúcar. Normalmente faço-o mesmo com um garfo. Depois com a batedeira, adicionar os ovos, um a um. Acrescentar a manteiga já derretida e no final a farinha. Vai a forno previamente aquecido mais ou menos por 25 a 30 minutos, em forma untada com manteiga e polvilhada com farinha.

Hei-la aqui já prontinha antes de desenformar:

E aqui já desenformada e 'empratada':
Vai uma fatia?

Nada de mais simples e uma verdadeira delícia! Experimentem que vale a pena!

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Sopa de Cação

Ontem senti-me mais alentejana! Claro que sou nortenha, minhota de gema, tanto que por estas bandas, por vezes, sou apelidada de 'galega'. E sim, é verdade, ainda troco muitas vezes os 'vês' pelos 'bês'! Ou será os 'bês' pelos 'vês'? Mas adiante...! Não sei se pelos dias de sol, ou pelo passeio de fim-de-semana, sem destino e simplesmente a ver esses pastos ainda verdes a perder de vista, as ovelhas com os seus borregos, nascidos à pouco, que ainda mamam, se calhar já com destino marcado para a próxima Páscoa...! Mas sim, senti-me mais alentejana e decidi-me por um prato alentejano ao jantar: sopa de cação!
Receitas de sopa de cação há muitas, mas esta, que me ensinou a minha sogra, é a única que eu conheço. E que bela receita!!! Ora vejamos!



-Ingredientes:

  • coentros
  • poejos
  • alhos
  • sal grosso
  • farinha
  • azeite
  • 1 ovo por pessoa
  • 1 posta média de cação por pessoa
  • pão alentejano ou semelhante

Começa-se por pisar os coentros, os poejos, os alhos descascados e laminados com o sal grosso no almofariz de modo a obter uma pasta. Aqui está a figura do que queremos obter:

Depois põe-se essa mistura numa panela, rega-se com um generoso fio de azeite e deixa-se aquecer, misturando de seguida algumas colheres de farinha, para obter isto:

De seguida, acrescenta-se lentamente, aos poucos, água a ferver, e vai-se mexendo sempre, até se obter a consistência que se desejar. Quando estiver pronta, acrescenta-se o peixe e os ovos. Põe-se no mínimo e evita-se mexer durante uns dois ou três minutos para os ovos não se desfazerem demasiado; depois pode-se mexer, mas com cuidado. Quando o peixe estiver cozido está pronta! Prepara-se a terrina com sopas de pão e deita-se a sopa sobre elas para irem amolecendo. Serve-se de seguida, normalmente e por conveniência, com o peixe e os ovos servidos num prato à parte, com um pouco de caldo. Ora vejam:

Depois é só comer! E acreditem que não sobrou nada!!!

sexta-feira, 18 de janeiro de 2008

Filetes no forno

No fim-de-semana passado, o meu marido pediu-me filetes de pescada, comida que ele muito aprecia. Mas os filetes são fritos...! Comigo de dieta para perder o que ganhei no Natal e passagem de ano, e ele com tendência a ter colesterol alto, a ideia a princípio não me agradou. Mas como pediu tanto... Entretanto preparei-os como de costume e temperei-os, mas mesmo assim não estava convencida. Fritos?! E se os fizesse no forno? Se melhor o pensei, mais rápido os fiz e eis o resultado:

Belo aspecto, não é verdade? E de paladar? Digo-vos que ficaram bem melhores do que se tivessem sido fritos. E um arrozinho seco de legumes para acompanhar, claro! Vamos lá à receita!

-Ingredientes:
  • um rabo de pescada
  • leite
  • alhos picados
  • sal
  • 1 ou 2 ovos
  • farinha
  • 1 limão
Primeiro fazemos os filetes a partir do rabo da pescada. Abrimo-lo ao meio e retirámos a espinha central e as pequenas das beiras, obtendo assim dois belos lombos para fazer os filetes como mostra a figura:

Obtemos assim uns filetes pequeninos, mas acreditem que se comem mais! Depois dos filetes prontos, temperam-se com um pouco de sal grosso, alho picado e cobre-se tudo com leite. Ficam assim de molho pelo menos meia-hora. Depois escorrem-se bem, passam-se por farinha e depois por ovo batido e vão a forno quente num tabuleiro forrado com papel vegetal. São bem rápidos de fazer, cerca de 10 a 15 minutos no forno, com a vantagem de se fazerem todos de uma só vez. Vejam lá a foto deles ainda no tabuleiro depois de virados e irem mais 5 minutos ao forno:


Depois de prontos e ainda quentes, regam-se com algumas gotas de sumo de limão. E estão prontos a comer!

Ficam mais suculentos do que os fritos, não se suja o fogão com salpicos de óleo, nem a casa fica a cheirar a fritos. Só vantagens, além de serem mais saudáveis, claro! Ou julgavam que este era um blogue só de coisas doces?! Há também que pensar na saúde!!!

quinta-feira, 17 de janeiro de 2008

Arraiolos em almofadas

Para além de outras coisas, desde a passagem de ano tenho andado a divertir-me assim:

A imagem não está lá grande coisa pois a fotógrafa não é profissional. Mas dá perfeitamente para se perceber o que é! Uma já pronta, a faltar-lhe apenas a franja, as costas, o forro e o 'enchimento'. A outra a caminho de ficar pronta também.

Desde que comecei a trabalhar em Arraiolos, acho que fiquei viciada. Quando um trabalho está quase pronto, já vou logo procurando outro para fazer. Mas tenho feito sempre coisas pequenas: tapetes de quarto e agora, almofadas. Talvez um dia me aventure a fazer uma carpete para a sala. Talvez...!

quarta-feira, 16 de janeiro de 2008

Mudança

Por vezes é necessária uma mudança. Uma mudança na forma de ser, de pensar, de estar na vida. Apegámo-nos demasiado às coisas, e nem sempre a mudança é bem vista, nem bem-vinda. Mas é um erro! Devemos pois abraçar cada novo dia com a esperança de que nos traga algo de novo, algo diferente, que nos faça parar para pensar, e depois prosseguir, mais confiantes, mais seguros; ou retroceder, se for caso disso. A mudança, é pois, algo de bom.
E como por vezes mudamos por dentro, também por vezes é necessário mudar por fora. Nem que não seja mudar todos os quadros de sítio e mais alguns pequenos móveis, pondo assim o marido atarantado de tal forma que já diz sim a tudo, só para ver se as coisas sossegam de uma vez... Mas diga-se de passagem, a casa assim até parece outra...!

segunda-feira, 14 de janeiro de 2008

Chuva e Folhados Mistos

Este fim-de-semana andei ocupada. Com nada de especial, apenas o de sempre. A casa não se limpa sozinha, e o cesto da roupa para passar-a-ferro já mais parecia o Evereste. Ainda por cima, as fortes chuvadas só convidavam mesmo a não se sair de casa, e o frio dizia-me para me aninhar no quentinho e não fazer nada. Mas as coisas precisam de ser feitas. E assim, quando pensava descansar durante o fim-de-semana, lá fui fazendo isto e aquilo, e a páginas tantas, não sei muito bem como, as coisas por fazer iam-se multiplicando como que por milagre, fazendo-me andar a correr feita 'barata-tonta' durante os dois dias. Resultado: estou mais cansada hoje que é segunda do que estava na sexta-feira à noite. Mas enfim...
De qualquer das formas, quando o frio é muito, na cozinha apetece logo ligar o forno. E como não tive muito tempo, só deu mesmo para algo bem rápido: folhados mistos. Vejam lá bem esta delícia!!

-Ingredientes:
  • uma embalagem de massa folhada
  • queijo fatiado

  • fiambre em fatias

  • um ovo

  • farinha q.b.

Depois de a massa folhada ter descongelado, trabalha-se com o rolo da massa e alguma farinha de forma a obter rectângulos com 2 a 3 mm de espessura. Sacode-se o excesso de farinha, numa extremidade põe-se sobre um terço de cada rectângulo o fiambre e o queijo, e dobra-se enrolando em três. Fazem-se uns cortes e pincela-se com ovo batido. Vai a forno bem quente durante mais ou menos 10 minutos. E é só! Deixar arrefecer um pouco e estão prontos a comer! E digam lá se não ficam com óptimo aspecto! Uma embalagem de massa folhada dá à vontade para pelo menos uns 8 folhados. Foi para o que deu e diga-se de passagem que hoje já não há nenhum para amostra, só mesmo em foto...!

sexta-feira, 11 de janeiro de 2008

Bolachas e chá

Hoje reparei que ainda não tinha devolvido um dos pratos que a minha cunhada trouxe com coisinhas doces para a passagem de ano. A modo de desculpa, devolvi-lhe o prato assim:

Aliás, é coisa que sempre tento fazer. Não sei o que me parece devolver as coisas a modos que vazias. Devolvo sempre os pratos e demais 'tarecos' com alguma coisa, normalmente guloseimas. Acho que é por as pessoas saberem disso que tão frequentemente se 'esquecem' deles na minha casa...! Insistem sempre, dizendo que não lhes faz falta nenhuma e que mais tarde posso passar lá por casa a devolver... Estão a ver, não é verdade!? Embora não fosse o caso desta vez. Simplesmente a confusão de doces e de pratos foi tal, que ficou um mesmo esquecido.
Mas como podem ver, como estava com um pouco de pressa, fiz umas bolachas com pepitas de chocolate bem rápidas de fazer.
-Ingredientes:

  • 60 g de açúcar
  • 60 g de açúcar amarelo
  • 150 g de margarina
  • 1 ovo
  • 200 g de farinha
  • 100g de pepitas de chocolate

Numa tigela, misturam-se logo todos os ingredientes excepto o chocolate, à mão, de forma a obter uma massa, não muito dura, mas não mole. Depois no fim as pepitas de chocolate, que podem muito bem serem substituídas por chocolate de culinária bem partido com uma faca. Forra-se um tabuleiro de ir ao forno com papel vegetal e deitam-se sobre este pequenas bolinhas de massa, bem espaçadas entre si, e vão a forno bem quente por 10 a 12 minutos. Ao retirarem-se do forno estão ainda um pouco moles, mas depois de esfriarem logo endurecem. Esta receita dá para, mais ou menos, 25 a 30 bolachas.

As que não aparecem na figura, pois obviamente eram mais, depressa desapareceram. Num dia de chuva, com um chá de menta a acompanhar, souberam a pouco, souberam...!

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Fotografias

Tenho estado ocupada nestes dias a passar as várias fotos de família no scanner, que entretanto pedi a pais, tias, sogros, etc. Depois grava-se tudo para um CD ou DVD, e sempre que achar necessário, é só imprimir. Dá trabalho, mas um pouco todos os dias vai-se fazendo. O engraçado, é que agora que comecei a fazê-lo, já tenho vários pedidos de cópias para quando a compilação estiver pronta. Assim também eu!!! Tudo porque no Natal me ofereceram isto:



Eu gostei! Bem giro, não acham? Dá para 8 fotos, pois os quadrados giram. Estava a pensar pôr fotos antigas de quando eu e o meu marido éramos crianças, que se calhar não são assim tão antigas..., mas ainda são a preto e branco! E no entretanto fiquei com fotos de casamentos, baptizados, primeiras comunhões... Nunca pensei vir a ver a minha própria mãe vestida de anjinho!!! E o meu pai de bigode feito galã de cinema! Sem falar no meu irmão, mais velho do que eu, e que quando era pequeno, ainda eu não era nascida, teria 2 a 3 anos, enfiava papel nos sapatos para parecer mais alto e mais crescido! Há ainda familiares que nem sequer sabia que existiam, pois emigraram há mais de 80 anos atrás e naturalmente se foi perdendo o contacto. Descobri que tenho familiares espalhados por quase todas as partes do mundo e não fazia a menor ideia!

Daí talvez a minha introspecção de ontem. Não liguem! De vez em quando dá-me para essas coisas, mas depressa me passam!

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

Um Bom Ano Novo para todos!

É mesmo isso. Um novo ano em folha começa mesmo agora. Para trás ficaram as férias, que todos concordamos, sabem sempre a pouco. O Natal veio como 'desculpa' para toda a família se reunir mais uma vez, e como se o facto não fosse já de si suficiente, alegramos o nosso corpo com doces e docinhos, e a alma com presentes. Depois a passagem de ano, para e com os amigos, pois claro está! Mas em casa, que a vida anda cara e não há forma de me sair o euromilhões.
E agora o regresso ao trabalho, com as 'baterias' cheias, com a cabeça a fervilhar de novos projectos, novas ideias. Não promessas vãs de uns e outros anos atrás, mas certezas concretas que estão e irão se realizar.
Ano novo, vida nova: dizem todos e toda a gente num perpetuar de lenga-lenga aprendida, mas nunca compreendida. Pois os anos sucedem-se uns aos outros e repetem-se sempre os mesmos e eternos erros, e as promessas não passam disso mesmo: de promessas. Mas este ano avizinha-se diferente, único! Este ano será certamente um dos melhores, se não mesmo o melhor da minha vida! E porquê? Perguntam todos e com razão. Que tem este ano de extraordinário relativamente a todos os outros? É simples. Na verdade, é bem simples. É de uma tal simplicidade que certamente irá indignar muita gente, mas não há como alterar uma lei fundamental da vida! Este ano irá ser o melhor de todos os anos porque eu assim o quero!!!
Para isso basta amar mais do que ser amada, de escutar mais do que falar, de olhar mais com olhos de ver do que simplesmente olhar, e de sentir cada novo dia como aquilo que ele verdadeiramente é: uma nova dádiva para poder sentir mais, ver mais, aprender mais, mas principalmente, amar mais. Este será certamente o meu ano 'mais'!!!
Desejo a todos um excelente ano 'mais'! Que seja este o ano pelo qual sempre esperou!